(Santuário do Bom Jesus do Monte, Braga, Portugal - Foto de Cristina Lima)
A terceira conferência do Ciclo de Conferências do Bom Jesus teve como oradora a Dra. Zulmira Coelho Santos, professora da Universidade do Porto e teve como tema: Devoção e Festa no Séc. XVI.
A arte dramática como centro desta "festa", mais especificamente, o teatro litúrgico.
Gil Vicente foi o maior símbolo nacional dessa arte.
Peças teatrais como a Auto da Alma, A Barca do Purgatório ou o Auto da Barca do Inferno foram em 1518, assim como nos nossos dias, de grande importância.
Dezassete das quarenta peças de Gil Vicente são sobre pastores. Pastores esses que surgiam como mestres do conhecimento bíblico.
As histórias de Gil Vicente tinham como objectivo transmitir catequese a quem assistia.
Em todas as suas obras encontra-se bem presente a diferença entre o bem e o mal.
Nas obras de Gil Vicente, os pastores "apascentavam" almas como se fossem ovelhas.
A população simples, representada pelos pastores, realizava as suas peças de teatro, que normalmente tinham uma base litúrgica, junto às igrejas ou mesmo dentro delas.
Na Capelas da Santa Cruz, no Bom Jesus, não era excepção.
A dimensão espiritual do teatro era de grande relevância naquela época.
Terminada a conferência, a Engenheira Teresa Andreson apresentou o livro "Pedro José da Silva (1758-1834)".
Pedro José da Silva foi um dos maiores benfeitores do Santuário do Bom Jesus do Monte. Encontra-se retratada a sua devoção pela Santa Cruz na bela pintura que decora a capa deste livro.
Pedro José da Silva terá sido o responsável pelo pagamento da construção de toda basílica do Bom Jesus.
Esta conferência foi, mais uma vez, muito interessante. Desta forma, foi apresentada mais um pouco da história que ajudou a erguer o maravilhoso Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga.
A próxima conferência acontece no dia 6 de Abril!
Não percam!
(Santuário do Bom Jesus do Monte, Braga, Portugal - Foto de Cristina Lima)
(Santuário do Bom Jesus do Monte, Braga, Portugal - Foto de Cristina Lima)