quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Sim, Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro!


(Arte de Raúl Berzosa)

Apesar da visão da Beata Anna Catharina Emmerich confirmar tudo de forma muito clara, há formas mais simples de perceber que é verdade que Jesus nasceu no dia 25 de Dezembro, a partir do que está na Sagrada Escritura.

Fica a aqui a explicação completa feita pelo Dr. Taylor Marshall:

"Hoje em dia, normalmente, assume-se que Nosso Senhor Jesus Cristo não nasceu a 25 de Dezembro. Vou argumentar que esta assumpção é factualmente incorrecta, e que Cristo nasceu no final de Dezembro. Primeiro, permita-me contra-argumentar umas três objecções comuns à datação do nascimento de Cristo a 25 de Dezembro.

Objecção 1: 25 de Dezembro foi escolhido para substituir a festa romana pagã da Saturnália. A Saturnália era um festival popular de Inverno e portanto a Igreja Católica prudentemente colocou o Natal nesta data.

Resposta à objecção 1: A Saturnália celebra o solstício de Inverno. No entanto, o solstício de Inverno acontece no dia 21 ou 22 de Dezembro! É verdade que as celebrações da Saturnália começavam tão cedo como 17 de Dezembro e se estendiam até 23 de Dezembro. No entanto, as datas não correspondem.

Objecção 2: 25 de Dezembro foi escolhido para substituir o feriado pagão romano Natalis Solis Invicti ("Nascimento do Sol Invencível")

Resposta à Objecção 2: Comecemos com o culto do Sol Invencível. O Imperador Aurélio introduziu o culto do Sol Invictus ("Sol Invencível) em Roma a 274 A.D.. Aurélio provocou tensões políticas com este culto, porque o seu próprio nome "Aurélio" deriva da palavra latina 'aurora' que quer dizer 'nascer do sol'. As moedas revelam que o Imperador Aurélio se chamava a si mesmo Pontifex Solis ou "Pontífice do Sol". Assim, Aurélio simplesmente ajustou um culto solar genérico e identificou-o com o seu nome até ao fim do terceiro século.

Mais importante ainda, não existe nenhum registo histórico de uma celebração Sol Invictus a 25 de Dezembro antes de 354 A.D. Mesmo em 354 A.D, a data é designada simplesmente por "Invictus" sem falar num aniversário. A data só se tornou explicitamente o "nascimento do Sol Invencível" sob o Imperador Juliano, o Apóstata, que tinha sido Cristão mas que tinha apostado e regressado ao paganismo romano. A história revela que foi um Imperador Cristão (que odiava Cristo) que erigiu uma festa pagã a 25 de Dezembro. Pensem nisto por um bocado.

Porque é que isto interessa? Significa que o 'Sol Invencível' não era uma divindade muito popular no Império Romano. Isto significa que as plebes romanas não precisavam de ser desligadas de um feriado dito "tão antigo". Mais ainda, a tradição de uma celebração a 25 de Dezembro só encontrou lugar no calendário romano depois da cristianização de Roma. O feriado do "nascimento do Sol Incrível" era dificilmente tradicional e divertida. Parece, antes, que Juliano, o Apóstata, tentou introduzir um feriado pagão com o objectivo de substituir o feriado Cristão!

Objecção 3: Cristo não podia ter nascido em Dezembro visto que São Lucas descreve pastores a pastorear nos campos perto de Belém. Os pastores não saem durante o Inverno. Logo Cristo não nasceu no Inverno.

Resposta à Objecção: Esta objecção é a pior de todas. Lembrem-se que a Palestina não é Inglaterra, a Rússia ou o Alasca. Belém tem a latitude de 31,7. Eu moro em Dallas, no Texas, tem uma latitude de 32,8 e ainda é confortável andar na rua em Dezembro. Como o grande Cornelius, a Lapide nota, durante o seu tempo de vida uma pessoa podia ver pastores e ovelhas nos campos de Itália durante os últimos dias de Dezembro...e a Itália é geograficamente a Norte de Belém.

Agora vamos estabelecer o Aniversário de Cristo a partir da Sagrada Escritura em dois passos: 

Passo 1: Determinar o Aniversário de São João Baptista
Podemos descobrir que Cristo nasceu no final do mês de Dezembro reparando em primeiro lugar na altura do ano em que São Lucas descreve São Zacarias no Templo. Isto dá-nos uma data aproximada da concepção de São João Baptista. A partir daqui podemos seguir a cronologia que São Lucas dá e calha precisamente no final do mês de Dezembro.

São Lucas diz que Zacarias serviu no "curso de Abias" (Lc 1,5) que na Escritura recorda como o oitavo curso entre os 24 cursos sacerdotais (ver Nh 12, 17). Cada curso servia uma semana no templo, duas vezes por ano. O curso de Abias servia durante a oitava e a trigésima segunda semana do ciclo anual.* No entanto, quando é que o ciclo começava?

Consultando a pesquisa académica de Friedlieb (Leben J. Christi des Erlösers, Münster, 1887, p. 312) descobrimos que o primeiro curso sacerdotal de Jojarib estava ao serviço durante a destruição de Jerusalém, no 9º dia do mês judeu de Av. Isto significa, sem dúvida nenhuma, que o curso sacerdotal de Abias (curso de São Zacarias) estava a servir durante a segunda semana do mês judeu de Tishri - a mesma semana do Dia da Expiação no 10º dia de Tishri. No nosso calendário, o Dia da Expiação no 10º Tishri calha entre o dia 22 de Setembro e o dia 8 de Outubro.

Zacarias e Isabel conceberam João Baptista logo após Zacarias ter servido o curso. Isto significa que São João Baptista teria sido concebido algures no final do mês de Setembro, colocando o nascimento de João no final de Junho, confirmando a celebração da Igreja Católica da Natividade de São João Baptista a 24 de Junho.

O ProtoEvangelho de Tiago do segundo século também confirma a concepção de São João Baptista no final de Setembro, visto que o texto mostra São Zacarias como sumo sacerdote e a entrar no Santo dos Santos - não era meramente um lugar santo com um altar de incenso. Este é, um erro factual porque Zacarias não era sumo sacerdote, mas um dos sacerdotes chefes.** Mesmo assim, o ProtoEvangelium mostra Zacarias como sumo sacerdote e isto associa-o ao Dia da Expiação, que acontece no décimo dia do mês hebreu de Tishri ( no final do nosso mês de Setembro). Imediatamente depois dessa entrada no Templo e da mensagem do Anjo Gabriel, Zacarias e Isabel concebem João Baptista, o que coloca o nascimento de João Baptista no fim de Junho - mais uma vez correspondendo à data católica da Natividade de São João Baptista a 24 de Junho.

Passo 2: Determinar o Aniversário de Cristo
O resto das datas é muito simples. Lemos que depois da Virgem Maria Imaculada ter concebido Cristo, foi visitar a sua prima Isabel que estava grávida de seis meses. Isto significa que São João Baptista era seis meses mais velho que Nosso Senhor Jesus Cristo (Lc 1, 24-27, 36).
Acrescentem seis meses a 24 de Junho e isso determina 24/25 de Dezembro como Aniversário de Cristo. Subtraiam nove meses a 25 de Dezembro e surge a data a anunciação do anjo a 25 de Março. Todas as datas estão perfeitamente de acordo.

Portanto, se São João Baptista foi concebido pouco depois do dia da Expiação judaico, então as datas católicas tradicionais estão essencialmente correctas. O nascimento de Cristo devia de ser perto de ou a 25 de Dezembro." 

Dr. Taylor Marshall
💙
Acrescento que apesar de São Lucas se referir a dois cursos anuais de Abias tanto o Protoevangelium como as visões da Beata Anna Catharina Emmerich confirmam que Zacarias fez o curso em Setembro, que São João Baptista nasceu no dia 24 de Junho e que Jesus nasceu no final do mês de Dezembro, a 25 de Dezembro. 

domingo, 6 de dezembro de 2020

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

"Não podemos avançar. Mais adiante, na direcção da Bretanha, há uma Senhora invisivel a impedir-nos o caminho." :)

(Nossa Senhora de Pontmain - Foto de Louise Russell)



Em 1871, França via-se devastada por causa da Guerra Franco-Prussiana.
Três quartos do país estavam sob o calcanhar da ocupação da antiga Prússia.
Na noite estrelada de 17 de Janeiro, na pequena aldeia de Pontmain, na Bretanha, Cesar Barbadette e os seus dois filhos, Joseph e Eugéne, de 10 e 12 anos, estavam a terminar os seus afazeres no celeiro. Eugéne olhou pela janela e viu uma área sem estrelas sobre a casa do vizinho. De repente, ele viu a Nossa Senhora a sorrir para ele. Joseph também viu a Nossa Senhora; mais tarde, já como sacerdote, ele mesmo relatou o que tinha visto: 

"Ela era jovem e alta, vestida com um manto azul profundo...o Seu vestido era coberto de estrelas douradas brilhantes. As mangas eram largas e longas. A Nossa Senhora tinha sandálias nos pés do mesmo azul do vestido, ornamentadas com arcos de ouro. Na cabeça tinha um véu preto que lhe cobria metade da testa, e que lhe escondia o cabelo e as orelhas e lhe caía sobre os ombros. Na cabeça e sobre o véu, Nossa Senhora tinha uma coroa semelhante a um diadema, maior na frente e alargando-se para os lados. Uma linha vermelha circundava a coroa ao meio. As mãos da Nossa Senhora eram pequenas e estendiam-se na nossa direcção, como na medalha milagrosa. 
O Seu rosto tinha a mais suave delicadeza e um sorriso de uma doçura inefável. Os olhos, de ternura indizível, estavam fixos em nós. Como uma verdadeira mãe, Ela parecia mais feliz em olhar para nós do que nós em comtemplá-la." 

Embora os seus pais vissem apenas três estrelas num triângulo, as religiosas da escola paroquial e o pároco foram chamados. Duas meninas, Françoise Richer e Jeanne-Marie Lebosse, de 9 e 11 anos também tinham visto a Senhora.
Os aldeões eram cerca de sessenta entre adultos e crianças, começaram a rezar o rosário. Emquanto oravam, os videntes relatavam que a visão tinha sofrido uma mudança. Em primeiro lugar, as estrelas da sua veste tinham-se multiplicado até que o vestido azul ficasse quase completamente coberto de ouro. Em cada oração seguinte, apareciam letras para esclarecer as mensagens numa faixa defraldada por baixo dos Seus pés: 

"Por favor, orem, meus filhos.", "Deus em breve ouvirá as vossas orações." e "O Meu Filho espera por vocês."~

Quando a multidão começou a cantar o cântico "Mãe da Esperança", um dos hinos regionais mais populares, Nossa Senhora sorriu e acompanhou. Durante o cântico "Meu Doce Jesus", uma cruz vermelha com o corpo de Jesus apareceu no colo de Maria, cujo sorriso desapareceu e deu lugar ao pesar. Quando os moradores cantaram "Ave Maris Stella", o crucifixo desapareceu e o sorriso da Senhora voltou e um véu branco surgiu e substituiu o véu preto que trazia inicialmente. A aparição terminou eram 21h e durou mais de 3 horas.
Naquela noite, as tropas prussianas próximas de Laval tinham parado às 17h30 da tarde, à mesma hora em que a aparição surgiu pela primeira vez em Pontmain, a poucos quilómetros de distância. O general Von Schmidt, prestes a avançar em direcção a Pontmain, tinha recebido ordens do comandante para não tomar a cidade.
Há registo de que Schmidt disse na manhã do dia 18: "Não podemos avançar. Mais adiante, na direcção da Bretanha, há uma Senhora invisivel a impedir-nos o caminho."
A pequena vila de Pontmain é uma prova de que as orações fervorosas, ainda que elevadas pela menor das paróquias, são capazes de mudar a história.
Um ano mais tarde, na Festa da Purificação, no dia 2 de Fevereiro, a aparição de Pontmain foi aprovada como autêntica e confirmada pelo Papa Pio XI com uma Missa.
Em 1932, o Papa Pio XII concedeu que a Mãe da Esperança, título dado à aparição, fosse solenemente homenageada com uma coroa de ouro. Hoje, os peregrinos visitam a Basílica de Pontmain como sinal de esperança no meio da guerra.


quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Passatempo: Nossa Senhora da Saúde

(Nossa Senhora da Saúde/Little Drops of Water - Foto: Cristina Lima)

Já começou um novo passatempo 'Com Fé no Turismo' +'Little Drops of Water Portugal' na página de facebook do blog 'Com Fé no Turismo'!
Termina no dia 2 de Outubro!

Participem! 

Facebook: www.facebook.com/comfenoturismo/


 

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Carta do assassino de Santa Maria Goretti aos 80 anos, após a sua conversão

(Fotos: Aleteia)

"Tenho quase 80 anos de idade, aproxima-se o fim da minha jornada. Olhando para o meu passado, reconheço que na minha juventude trilhei um falso caminho: o caminho do mal, que me levou à ruína.

Vejo através da imprensa que a maioria dos jovens, sem se incomodarem, seguem o mesmo caminho, eu também não me incomodava. Tinha perto de mim pessoas de fé e que praticavam o bem, mas eu não me importava com isso, cego por uma força bruta que me impulsionava para o mau caminho.

Durante décadas, fui consumido por um crime passional que hoje horroriza-me a memória. Maria Goretti, hoje santa, foi o anjo bom que a Providência colocou diante dos meus passos para me salvar. Eu ainda trago no coração as suas palavras de repreensão e perdão. Ela rezou por mim, intercedeu pelo seu assassino.

Foram quase 30 anos de prisão. Se eu não fosse menor de idade, teria sido condenado à prisão perpétua. Aceitei o julgamento merecido, admiti a minha culpa. Maria foi realmente a minha luz, a minha protectora. Com a sua ajuda, portei-me bem durante os 27 anos de prisão e procurei viver honestamente quando a sociedade me aceitou de volta entre os seus membros.

Os filhos de São Francisco, os Frades Menores Capuchinhos das Marcas, com caridade seráfica acolheram-me, não como escravo, mas como irmão. Moro com eles há 24 anos e agora vejo o tempo passar com serenidade, aguardando o momento de ser admitido à visão de Deus, de poder abraçar os meus entes queridos, de estar com o meu anjo da guarda (Maria Goretti) e da sua querida mãe, Assunta.

Aqueles que lerem esta carta, que a tenham como exemplo para escapar ao mal e seguir o bem, sempre.
Acho que a religião, com os seus preceitos, não é algo que se pode desprezar, mas é o verdadeiro conforto, a única via segura em todas as circunstâncias, mesmo nas mais dolorosas da vida.

Paz e bem.

Macerata, 5 de Maio de 1961

Alexandre Serenelli"


sábado, 27 de junho de 2020

Conhecem a origem da marca católica 'Little Drops of Water'?

(Foto de Cristina Lima)

Aqui está a história contada pela própria criadora norte-americana: 

"O meu nome é Anna e este é o meu sonho.

Desde tenra idade e naturalmente curiosa, fiz muitas perguntas aos meus pais sobre a Igreja Católica e, com tantos ícones importantes no catolicismo, queria entender cada santo e a sua história.
As lições começaram pelo Santo António.

O meu irmãozinho nasceu há três anos, o que me fez pensar como poderíamos tornar educacional e divertido aprender sobre o catolicismo.

Little Drops of Water é um projecto que comecei em Agosto de 2014 e, com o apoio do meu pai, pudemos desenvolver os primeiros desenhos dos santos.
Levamos esses desenhos para uma aula do meu irmão e vimos todas as crianças da sua idade ansiosas por fazer perguntas sobre os santos e a quererem saber mais.

O meu sonho final é que a minha marca, Little Drops of Water, esteja disponível para todas as crianças.
Aprender sobre Jesus, Maria e todos os Santos e Papas é importante, Little Drops of Water ajuda a despertar o interesse das crianças desde muito cedo e cria uma ligação ao catolicismo desde o inicio.
Eu decidi dar o nome de Little Drops of Water (Pequenas Gotas de Água) à marca para que cada Maria, Santo ou Papa representado, possa nos curar assim como a água sagrada de Lourdes, Santuário que visito anualmente.

É importante que as crianças acreditem neles e compreendam a força e a lição por detrás de cada história.
Mesmo para uma jovem como eu, foi muito inspirados e edificante. Mas agora vejo como as histórias dos santos são realmente importantes e é incrível vê-las agora representadas em brinquedos e outros itens que criamos até agora...as possibilidades são infinitas e a pensar que só agora é que começamos...

Espero que goste tanto das minhas 'Little Drops of Water' quanto eu!

Anna"
Acompanhem esta marca católica maravilhosa nas redes sociais e participem nos passatempos do blog! O blog 'Com Fé no Turismo' tem lindas surpresas 'Little Drops of Water' para oferecer!

💙💙💙

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sexta-feira, 26 de junho de 2020

A maravilhosa aparição de Nossa Senhora em Knock

(Altar da Capelinha das Aparições do Santuário de Knock - Altar com a imagem que os 15 videntes descreveram. Foto de @knockshrine)

A aldeia de Knock fica situada a oeste de Dublin e a norte de Galway, no Condado de Mayo, na Republica da Irlanda. Em 1829, nessa pequena aldeia construíram uma pequena e pobre igreja paroquial dedicada a São João Baptista, onde não cabiam mais de trinta pessoas.
Dos dois lados da igreja haviam duas escolas, uma para meninos e outra para meninas.
O terreno da igreja era rodeado por um muro de pedra baixo.
Durante o século XIX, a Irlanda sofreu uma depressão económica por causa das más colheitas, sobretudo de batata. Como quase toda a população do Condado de Mayo vivia da agricultura, e em 1879 as colheitas continuavam muito más, as pessoas começaram a morrer de fome e de doenças derivadas da pobreza extrema em que viviam.
Bartholomew Cavanah foi nomeado prior da igreja em 1867.
Era um santo homem, muito devoto de Nossa Senhora da Imaculada Conceição.
E sacrificava os seus bens materiais auxiliando os pobres e famintos daquela região.
Também auxiliava através da oração e com muita devoção as pobres almas do Purgatório.
Alguns meses antes da aparição de Knock, o padre Cavanah começou a rezar 100 missas pelas almas do Purgatório que a Nossa Senhora mais desejasse que fossem libertas.
No dia em que celebrou a centésima missa, a Nossa Senhora apareceu em Knock.
Era o final de tarde do dia 21 de Agosto de 1879.
Surgiu como acto de gratidão maravilhoso da Nossa Senhora e das almas que foram libertadas do Purgatório e foram para o Céu.
No dia da aparição, o tempo estava chuvoso, mas o padre Cavanah foi, apesar da chuva, visitar os seus paroquianos, ficando todo encharcado. Ao chegar a casa, a sua empregada, Mary McLoughlin, acendeu a lareira para lhe secar as roupas e depois foi visitar uma amiga que vivia ali perto.
Ao passar pela igreja, Mary McLoughlin viu figuras estranhas e um altar nas traseiras da igreja. 
As figuras eram iluminadas por uma luz muito forte mas associou o que estava a ver a um efeito de luz de final da tarde. Ficou a pensar que o padre Cavanah tinha comprado imagens novas.
Mais ou menos ao mesmo tempo, outro membro da família Beirne, Margaret Beirne, dirigiu-se à igreja para a fechar quando viu que algo brilhava nas traseiras da igreja.
Mas como estava a chover e ela queria-se abrigar não olhou mais vez nenhuma para o local nem disse nada a ninguém.
Terminada a visita à amiga, Mary McLoughlinde regressou à igreja na companhia da amiga que tinha ido visitar, Mary Beirne, repararam que as figuras continuavam nas traseiras da igreja cada vez mais iluminadas.
Aí, Mary Beirne exclamou em alta voz: 

"Não são imagens, estão a mexer-se. É a Santíssima Virgem!"

Três imagens estavam de pé, por cima da erva crescida e por cortar. As duas mulheres perceberam que não podiam ser imagens, porque aquelas pessoas que elas viam caminhavam por cima do monte de erva sem o pisar.
As pessoas que elas viam estavam todas vestidas de branco e brilhavam como prata fina.
Estavam envolvidas numa luz brilhante dourada, assim como o altar que estava colocado atrás delas.
Sobre o altar estava o cordeiro e por cima do cordeiro podia-se ver uma grande cruz branca.
E eram visíveis, também, junto ao altar 6 anjos com asas que voavam para cima e para baixo rodeando o altar e a cruz.
Mary Beirne apressou-se a ir ter com os vizinhos para os chamar a ver o que ela estava a ver: uma visão maravilhosa!
Rapidamente, várias pessoas acorreram ao local viram e rezaram junto aquela aparição do Céu.
Todos os que testemunharam a aparição afirmaram que se tratava da Virgem Maria com São José à sua direita e São João Evangelista à esquerda.
Maria tinha um manto branco e uma coroa dourada na cabeça. No meio da coroa, acima da testa, brilhava uma rosa de ouro completamente aberta. Tinha as mãos erguidas como se rezasse.
São José tinha a barba grisalha e a cabeça inclinada para a frente.
São João Evangelista segurava o livro dos Evangelhos. Estava vestido com o traje de bispo e parecia estar a pregar. No entanto, nenhum deles disse uma única palavra durante as duas horas que durou a aparição.
A mais velha das videntes era Brigdet Trench, de 75 anos. Caminhou em direcção à visão e, sob a chuva, tentou beijar os pés de Maria, mas não conseguiu: parecia que Maria se afastou quando ela se aproximou. Quando as mãos e a cabeça inclinada de Brigdet entraram na área da aparição, ela caiu de joelhos na erva seca. No espaço, onde se encontrava a acontecer a aparição, não chovia.
Mais tarde, Brigdet Trench disse: 

"Não percebo porque é que não consegui tocar-lhes com as minhas mãos, da mesma forma como os via com os meus olhos."

Os quinze videntes permaneceram fixados na visita luminosa durante duas horas, rezando o Terço em conjunto. Ao fim de duas horas a aparição desapareceu.
Durante os meses seguintes à aparição, toda a aldeia se questionava o porquê da Nossa Senhora ter aparecido ali e porque é que eles A tinham visto.
A notícia espalhou-se rapidamente e milhares de pessoas começaram a se dirigir a Knock.
Deram-se muitas curas e muitas delas relacionadas com a aplicação de terra retirada do local onde a aparição aconteceu. Nos primeiros 3 anos, o padre Cavanah registou cerca de 300 curas milagrosas associadas à aparição de Knock. 

Em 1880, a primeira comissão eclesiástica aprovou o testemunho de cada uma das quinze videntes como 'digno de confiança e satisfatório'. Em 1936, provas confirmadas e centenas de curas milagrosas foram enviadas para Roma. A aparição de Knock teve a sua aprovação total e o reconhecimento da Igreja Católica.
Cem anos depois da aparição, em 1979, São João Paulo II abençoou o local com a sua presença no centenário da aparição.
Meio milhão de peregrinos juntaram-se no Santuário de Nossa Senhora de Knock onde o Papa declarou a Igreja de Nossa Senhora de Knock, Rainha da Irlanda, Basílica.

Esta aparição de Nossa Senhora em Knock, na Irlanda aconteceu como sinal de esperança, no momento em que o desespero tomava conta da população daquela aldeia.
Como em Knock, a Nossa Senhora fez com que as pessoas percebessem que nos momentos de dor e desespero devemos olhar para o Céu porque Deus não nos abandonou, nem nos abandona mas é através da oração que tocamos o coração de Deus. 

(Nossa Senhora de Knock - Santuário de Nossa Senhora de Knock, Condado de Mayo, Irlanda - Foto de @knockshrine)




quarta-feira, 3 de junho de 2020

Avé Maria de Fátima :)

(Foto: Santuário de Fátima)

Avé Maria de Fátima
(Letra em Português)

A treze de Maio na Cova da Iria
Apareceu brilhando a Virgem Maria.

Refrão (depois de cada estrofe):
Avé, Avé, Avé Maria!
Avé, Avé, Avé Maria!

A Virgem Maria cercada de luz, nossa mãe bendita e mãe de Jesus.

Foi aos Pastorinhos que a Virgem falou, desde então nas almas nova luz brilhou.

Com doces palavras mandou-nos rezar a Virgem Maria para nos salvar.

Mas jamais esqueçam nossos corações que nos fez a Virgem determinações.

Falou contra o luxo, contra o impudor de imodéstias modas de uso pecador.

Disse que a pureza agrada a Jesus, disse que a luxuria ao fogo conduz.

A treze de Outubro foi o seu adeus e a Virgem Maria voltou para os Céus.


À Pátria que é vossa, Senhora dos Céus, dai honra, alegria e a graça de Deus.

À Virgem bendita cante seu louvor toda a nossa terra num hino de amor.

Todo o mundo a louve para se salvar desde o vale ao monte, desde o monte ao mar.

Ah! Dêmos-lhes graças por nos dar seu bem à Virgem Maria nossa querida Mãe.

E para pagarmos tal graça e favor tenham nossas almas só bondade e amor.

Ave, Virgem Santa, 'Strela que nos guia!
Avé, Mãe da Igreja, Oh Virgem Maria!

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Informação Covid-19: Santuário de Fátima

(Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Fátima, Portugal - Foto de Cristina Lima)

Informação Covid-19|Santuário de Fátima

As celebrações com peregrinos regressam Sábado, 30 de Maio e serão repartidas entre a Basílica da Santíssima Trindade e o Recinto de Oração.

Os espaços museológicos reabriram a 19 de Maio.

Para esta reabertura gradual, o Santuário de Fátima definiu estritas medidas de prevenção do contário da Covid-19, com indicações e recomendações relativas à higienização dos espaços, higiene pessoal, etiqueta respiratória, distanciamento físico, monitorização dos sintomas e protecção individual, junto dos seus colaboradores e nos diversos espaços informativos ao peregrino de que dispõe.

Dentro dos espaços fechados é obrigatório o uso de máscara e a prévia higienização das mãos.

Nestes espeços, e durante as celebrações, a máscara só deverá ser retirada no momento da comunhão que continuará a ser dada na mão. Os peregrinos deverão respeitar todas as indicações dos acolhedores, nomeadamente, nas filas para a comunhão e na ocupação dos lugares sentados dentro dos espaços de culto e oração.

As Capelas da Reconciliação e da Adoração mantêm os horários habituais, devendo os peregrinos observar todas as regras de distanciamento, etiqueta respiratória e higiene.

A Bênção dos Veículos
Horário: 12h00 e 17h00
Parque 12| Ao lado do Centro Paulo VI

Horário e local das celebrações na tabela abaixo:



domingo, 24 de maio de 2020

Oração a Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos :)

(Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos - Foto de Salesianos) 

Oração a Nossa Senhora Auxiliadora dos Cristãos

Ó Santíssima e Imaculada Virgem Maria, terníssima Mãe nossa e poderoso Auxílio dos Cristãos, nós nos consagramos inteiramente ao vosso doce amor e ao vosso santo serviço. Consagramos-vos a mente com seus pensamentos, o coração com seus afetos, o corpo com seus sentidos e com todas as suas forças, e prometemos querer sempre trabalhar para a maior glória de Deus e a salvação das almas. Vós, entretanto, ó Virgem incomparável, que fostes sempre a Auxiliadora do povo cristão, continuai, por piedade, a mostrar-vos tal, especialmente nestes dias. Humilhai os inimigos de nossa Santa Religião e frustrai seus perversos intentos. Iluminai e fortificai os Bispos e os Sacerdotes, e conservai-os sempre unidos e obedientes ao Papa, mestre infalível; preservai da religião e do vício a incauta mocidade; promovei as santas vocações e aumentai o número dos ministros sagrados, a fim de que, por meio deles, se conserve o reino de Jesus Cristo entre nós e se estenda até os últimos confins da terra. Suplicamo-vos também, ó dulcíssima Mãe nossa, lanceis continuamente vossos olhares piedosos sobre a incauta mocidade rodeada de tantos perigos, sobre os pobres pecadores e moribundos; sede para todos, ó Maria, doce esperança, Mãe de misericórdia e Porta do Céu. Mas também por nós vos suplicamos, ó grande Mãe de Deus. Ensinai-nos a copiar em nós vossas virtudes, e de um modo especial vossa angélica modéstia, a fim de que, por quanto for possível, com nossa presença, com nossas palavras e com nosso exemplo, representemos ao vivo no meio do mundo a Jesus, vosso bendito Filho, vos façamos conhecer e amar, e possamos por este meio salvar muitas almas. Fazei mais, ó Maria Auxiliadora, que estejamos todos unidos debaixo do vosso maternal manto. Fazei que nas tentações vos invoquemos logo com toda a confiança. Fazei, enfim, que o pensamento de que sois tão boa, tão amável e tão querida, a lembrança do amor que tendes aos vossos devotos, nos conforte de tal modo que, na vida e na morte, saiamos vitoriosos contra os inimigos de nossa alma, e possamos depois unir-nos convosco no Paraíso. Maria, Auxílio dos Cristãos, rogai por nós. Ámen.  



terça-feira, 19 de maio de 2020

19 de Maio: Dia de Santo Ivo - Padroeiro dos Advogados

(Santo Ivo de Kémartin - Foto de Claude 22)

No dia 19 de Maio é dia de festa para os advogados. É o dia de Santo Ivo, o padroeiro dos advogados, Ives Hélory foi juiz, foi padre, e foi advogado. Nas inúmeras obras, sobre Santo Ivo, é notório que estamos perante um homem que fez da prática da solidariedade, o papel mais relevante da sua vida.

Ives Hélory nasceu a 17 de Outubro de 1253, em Kémartin, casa de campo situada a certa distância de Tréguier, na Península da Bretanha. Filho de uma família da pequena nobreza rural, foi enviado para Paris, para realizar os seus estudos no Sorbonne onde, entre outros, teve como professores S. Tomás de Aquino e Alberto Magno. Aí mereceu o título de Mestre em artes que o autorizaram a ensinar.

Posteriormente foi para a universidade de Orléans, onde realizou os estudos de direito canónico e civil. É nessa época que nasce a sua fama de homem piedoso e compassivo, que informava gratuitamente os pobres e os demais desfavorecidos, as viúvas, os órfãos, suportando do seu próprio bolso as causas daqueles.

Apesar de juiz e nobre suficientemente abastado, Ivo Hélory levou uma vida de verdadeiro asceta, dormindo no chão, frequentemente fazendo jejum e abstinência.

O exercício da magistratura não impediu Ivo de ser ordenado sacerdote em Treguier. Aliás, além de se ordenar presbítero aos 32 anos de idade, a tais tarefas acrescentou pouco depois a defesa dos pobres nos tribunais, começando aí a sua fama de "Advogado dos Pobres". Renunciou a diversos cargos oficiais, assumindo a paróquia de Louannez e a defesa, como advogado e nos Tribunais, dos pobres e inválidos.

Dono de uma humildade não simulada e de um juízo pouco lisonjeiro que fazia de si próprio, resultava naturalmente o pouco cuidado que tinha para consigo mesmo. Suas visitas paroquiais eram sempre realizadas a pé. Ao deixar Rennes, por motivo de remoção, o arcebispo em reconhecimento pelos seus bons serviços, presenteou-o com um cavalo para a viagem, mas Ivo vendeu-o logo a seguir, distribuindo o dinheiro da venda pelos pobres, e rumou a pé para a nova paróquia.

O que, porém, o tornou mais acatado foi a integridade invulnerável com que exerceu durante longo tempo a árdua função de provisor do bispado, tanto em Rénnes como em Tréguier.

De Juiz, não raro, se transformava em advogado das partes, quando estas eram viúvas ou órfãos, ou pobres que antagonistas poderosos queriam prejudicar ou espoliar. Como patrono deles, ainda lhes fornecia o dinheiro necessário ao pagamento das custas dos processos que eram obrigados a pagar para a recuperação dos seus direitos e bens.

Faleceu cedo, com 50 anos de idade, em 1303, dando origem a uma extensa devoção popular face à vida exemplar que levou.

Foi canonizado, mediante bula papal de Clemente VI, em Avignon, a 19 de Maio de 1347.

O povo não quis deixá-lo incógnito. Na sua pedra tumular mandaram escrever: "Santo Ivo era bretão: era advogado mas não ladrão; coisa admirável para o povo". Estas palavras no seu túmulo demonstram, para muitos historiadores, que já em vida o povo o venerava. Quer pela sua capacidade de conciliação, quer pela sua justeza e equidade nas decisões; quer pela sua disponibilidade permanente para a orientação jurídica gratuita e segura daqueles que não tinham dinheiro para a obter de outro modo.

Mas se a sua veneração cresceu em primeiro lugar no seio do povo bretão, ela estendeu-se rapidamente aos advogados franceses e não demorou a espalhar-se entre juristas da Europa e do Mundo.

Depois de canonizado, tornou-se por geral consenso o patrono dos Advogados.

Em Maio de 2003, São João Paulo II, proferiu uma mensagem no VII centenário do nascimento de Santo Ivo. Dessa externa mensagem, podemos retirar que os valores propostos por Santo Ivo conservam uma actualidade surpreendente: a Europa dos direitos humanos deve fazer com que os elementos objectivos do direito natural permaneçam no fundamento das leis positivas.

Santo Ivo recorda-nos que o direito foi concebido para o bem das pessoas e dos povos em geral, e que a sua função essencial consiste em salvaguardar a dignidade inalienável do individuo em cada uma das fases da sua existência, desde a concepção até à morte.

A vida e obra de Santo Ivo são um bom exemplo e, sem dúvida, um modelo a seguir para todos os que procuram honrar a nobre profissão de advogado.

Texto: Ordem dos Advogados (www.oa.pt)

(Catedral de Treguier - Foto de @startbeing)




sexta-feira, 15 de maio de 2020

A arte de São João Paulo II


O Apóstolo do Santo Rosário e da Divina Misericórdia, São João Paulo II, mostrou ser também um grande filósofo, desportista, actor e poeta.
O desportista Karol Wojtyla foi destacado ao longo da sua vida, mas facetas como a de actor e poeta foram vividas mais intensamente durante a sua juventude. 

São João Paulo II deixou vários poemas. Alguns deles transformados mais tarde em canções por artistas como Plácido Domingo.

Deixo-vos aqui um dos poemas de São João Paulo II:

O Actor

Tanta gente dentro de mim,
vivendo as suas vidas,
vendo tudo o que eu vejo, 
falando sempre através de mim.

Eu sou como o canal de um rio.
e por mim correm sempre 
todas as paixões e ilusões 
do homem.

Tenho também uma vida própria 
e sinto que esses outros
dentro de mim, 
podiam estar a mudar.

Algumas vezes sinto que vou fundir-me
em todos os homens, 
com os seus anseios
e as suas loucuras
tão iguais às minhas.

Ouço as vozes deles todos, 
tão exigentes.
Estão todos à minha volta.

São João Paulo II


quarta-feira, 15 de abril de 2020

Covid19: Uma oportunidade que Deus nos dá...

(Santuário da Divina Misericórdia, Polónia)

Já pensaram que esta pandemia é algo tão simples como Jesus Misericordioso a chamar por nós e a implorar o nosso arrependimento, conversão e oração?
São João Paulo II instituiu a Festa da Misericórdia no Domingo a seguir à Páscoa e 
neste tempo em que o mundo se assemelha em tudo a Sodoma e Gomorra, a misericórdia de Deus é mais valiosa do que qualquer outra coisa.
São João Paulo II canonizou Santa Faustina no dia 30 de Abril de 2000 e disse este ter sido o dia mais feliz da sua vida. 
Esta é a oportunidade que Deus nos dá para cairmos de joelhos aos pés da Cruz e implorarmos pela Sua Misericórdia arrependidos de O termos ofendido.

Jesus disse a Santa Faustina: 

"Pinta uma imagem de acordo com o modelo que estás a ver, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós. Desejo que esta imagem seja venerada, em primeiro lugar, na vossa capela e, depois no mundo inteiro. Prometo que a alma que venerar esta imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. (...) Quero que essa imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro Domingo depois da Páscoa, e esse Domingo será o dia da Festa da Misericórdia. Desejo que os sacerdotes anunciem a Minha Grande Misericórdia às almas pecadoras." (Diário de Santa Faustina, 47-49)

"Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. (...). Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha Misericórdia. A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas. Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que os seus pecados sejam como o escarlate." (Diário de Santa Faustina, 699)

Tão simples, não é?
Arrependimento verdadeiro, Confissão, Comunhão e Oração (Santo Rosário e Terço da Misericórdia)

Não percam esta oportunidade que Deus nos dá para olharmos para Ele com amor, porque Ele já olha para nós com amor há muito tempo.
Segundo as aparições de Nossa Senhora em Garabandal, Fátima e muitas outras, sempre coerentes e em sintonia umas com as outras e com os Evangelhos, estamos claramente no fim dos tempos e mais do que nunca precisamos de Deus, porque algo muito pior que esta pandemia se aproxima.
Está na hora de nos voltarmos para a Misericórdia de Deus e nos rendermos à Sua Vontade.
Não somos heróis, somos pequeninos e facilmente somos derrotados por um vírus. 
Já temos as provas disso.

Que esta quarentena nos faça ter sede de Deus e da Santa Eucaristia.

Sigamos os passos do Apóstolo da Divina Misericórdia, São João Paulo II, e aproveitemos cheios de amor, alegria e esperança esta oportunidade que Jesus nos está a dar de pararmos e de O vermos em todas as coisas. E principalmente de percebermos que somos pecadores e que tal como Jesus disse à mulher adúltera, agora diz-nos a nós:

"Vai e não tornes a pecar."



sexta-feira, 10 de abril de 2020

Sete Promessas feitas por Nossa Senhora das Dores

(Foto de @patero_izquierdo)

As Sete Promessas feitas por Nossa Senhora das Dores

Nossa Senhora prometeu a Santa Brígida conceder Sete Graças a quem rezar todos os dias, Sete Avé Marias em honra das suas Dores e Lágrimas: 

1. Trarei paz às Famílias
2. Serão iluminados sobre os Divinos Mistérios
3. Consolá-los-ei nas suas dores e acompanhá-los-ei nas suas aflições.
4. Conceder-lhes-ei tudo o que me peçam desde que não se oponha à vontade adorável do Meu Divino Filho e à santificação das suas almas.
5. Defende-los-ei nos combates espirituais conta o inimigo infernal e protegê-los-ei em todos os instantes da vida.
6. Assistir-lhes-ei visivelmente no momento da morte e verão o rosto da Sua Mãe Santíssima.
7. Obtive do Meu Filho que, os que propaguem esta devoção (às Minhas Lágrimas e Dores) sejam transladados desta vida terrena à felicidade eterna, directamente, pois ser-lhe-ão apagados todos os seus pecados e o Meu Filho e Eu seremos a sua eterna consolação e alegria.

Oração das Sete Avé Marias:

Primeira Dor
Pela dor que sofreste ao ouvir a profecia de Semião, de que uma espada trespassaria o Vosso Coração, Mãe de Deus, ouvi a nossa prece.
Avé Maria...

Segunda Dor
Pela dor que sofreste quando fugiste para o Egipto, apertando ao peito virginal o Menino Jesus, para o salvar das fúrias do ímpio Herodes, Virgem Imaculada, ouvi a nossa prece.
Avé Maria...

Terceira Dor
Pela dor que sofreste quando da perda do Menino Jesus por três dias, Santíssima Senhora, ouvi a nossa prece.
Avé Maria...

Quarta Dor
Pela dor que sofreste quando viste o querido Jesus com a cruz ao ombro, a caminho do calvário, Virgem Mãe das Dores, ouvi a nossa prece.

Quinta Dor
Pela dor que sofreste quando assististe à morte de Jesus, crucificado entre dois ladrões, Mãe da Divina Graça, ouvi a nossa prece.
Avé Maria...

Sexta Dor
Pela dor que sofreste quando recebeste nos Teus braços o corpo inanimado de Jesus, descido da Cruz, Mãe dos Pecadores, ouvi a nossa prece.
Avé Maria...

Sétima dor
Pela dor que sofreste quando o Corpo de Jesus foi depositado no sepulcro, ficando Vós, na mais triste solidão, Senhora de Todos os Povos, ouvi a nossa prece.
Avé Maria...


terça-feira, 31 de março de 2020

#FiqueEmCasa


Tendo em conta a quarentena que se vive neste momento devido ao Covid-19, o blog 'Com Fé no Turismo' vai realizar uma serie de jogos divertidos nas redes sociais do blog!

Acompanhem o blog nas redes sociais e divirtam-se! 

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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Passatempos 'Com Fé no Turismo' e Little Drops of Water Portugal' 2020


O blog 'Com Fé no Turismo' em conjunto com a 'Little Drops of Water Portugal' tem para oferecer este ano peças da colecção católica mais fofa de sempre! 

Acompanhem o blog 'Com Fé no Turismo' e a 'Little Drops of Water Portugal' nas redes sociais e não percam todas as novidades!

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terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

A beleza da Via Sacra

Semana Santa/Espanha (Foto de @paulafotografia)

A Beata Anna Catharina Emmerich ficou conhecida pelo facto das suas visões místicas da Paixão de Cristo terem servido de inspiração para o filme 'Paixão de Cristo' de Mel Gibson.
Mas foi através das visões místicas desta freira santa que se ficou a saber de muitos detalhes da vida de Jesus, de Nossa Senhora e de São José.
Deus permitiu que esta freira alemã tivesse estas visões para pôr fim às mentiras e às especulações acerca da vida de Jesus e de Nossa Senhora.
Essas visões permitiram, também, perceber como surgiu a Via Sacra: uma das cerimónias religiosas da Semana Santa.
Assim, descreve a Beata Anna Catharina Emmerich sobre a origem da Via Sacra:

"Quando Jesus, depois da flagelação, caíra ao pé da coluna, mandara Cláudia Prócula, a mulher de Pilatos, um fardo de grandes panos à Mãe de Deus. Não sei se julgava que Jesus ficaría livre e a Mãe do Senhor lhe devia tratar das feridas com aqueles panos ou se a pagã compadecida mandou os panos para o fim o qual SS. Virgem os empregou.
Maria, voltando a si, viu passar o Divino Filho dilacerado, conduzido pelos soldados; Ele limpou o sangue dos olhos com a túnica, para fitar a SS. Virgem, que Lhe estendeu as mãos, num transporte de dor e Lhe seguiu com a vista as pegadas sangrentas.
Logo depois vi a SS. Virgem e Madalena, quando o povo se dirigia mais para o outro lado, aproximarem-se do lugar da flagelação. Rodeadas e escondidas pelas outras santas mulheres e outra gente bondosa, que se aproximara, prostraram-se por terra, ao pé da coluna da flagelação e apanharam com os panos todo o sangue de Jesus, por toda a parte onde encontraram algum vestígio."

Ao meditar o sofrimento do Seu Divino Filho, Maria sentia a Luz de Deus.
Todos os Santos Passos de Jesus eram vividos e sofridos por amor, em Maria.
Ela beijava o chão que Jesus pisara e chorava em oração profunda.
Depois da Morte e Ressurreição de Jesus, Maria percorria o caminho do Calvário diariamente fazendo paragens em locais de memória específica, o que nós chamamos agora de Estações.
Mais tarde, Nossa Senhora mudou-se com o Apóstolo São João para Eféso, na Turquia e continuou até à sua ida para o Céu, a viver intensamente a Via Sacra que tinha criado, mas agora, nas traseiras da sua casa.
Por detrás, da sua casa em Eféso, agora um santuário, existe uma colina, que Maria subia lembrando todo o caminho percorrido pelo Seu Filho até Golgota. 
Ia sinalizando com pedras e nas árvores as estações e parando para rezar.

Citando, novamente, a Beata Anna Catharina Emmerich:

"Por trás da casa, até certa distância, na encosta da montanha, Maria Santíssima fizera para si uma Via Sacra. Enquanto morava em Jerusalém nunca deixara, desde a morte do Senhor, de percorrer-lhe o caminho da Paixão, a chorar de saudade e compaixão. De todos os lugares do caminho onde Jesus sofrera, ela tinha medido a distância em passos: o amor imenso de Mãe extremosa não lhe podia viver sem a contínua contemplação desse caminho doloroso.
Pouco tempo depois de chegar àquela região, eu via-a diariamente, em visão interior, caminhar até certa distância, subindo a colina atrás da casa, nessa meditação da Paixão e morte do Filho Amado. 
Inicialmente ia sozinha, medindo pelo número de passos que tantas vezes contara as distâncias dos lugares onde Jesus sofrera certos tormentos. Em todos esses lugares erguia uma pedra ou, se havia ali uma árvore, marcava-a.
O caminho conduzia a um bosque onde, numa elevação, marcou o Monte Calvário e numa gruta de outra colina, o Sepulcro de Jesus Cristo.
Depois de ter medido desse modo as doze estações da Via Sacra, percorria-a, em silenciosa meditação, acompanhada da criada; em cada estação da Paixão sentavam-se, e recordavam no coração o mistério do respectivo sofrimento e louvando ao Senhor por Seu infinito amor, com lágrimas de compaixão.
Depois arranjaram as estações ainda melhor e vi que a Santíssima Virgem escrevia com um buril, na pedra assinalada, a significação do lugar, o número dos passos, etc.
Vi também, depois da morte da Santíssima Virgem, os cristãos percorrerem o mesmo caminho, prostrando-se por terra e a beijar o chão."

Deu assim inicio, Nossa Senhora, à Via Sacra.

Vivamos a Quaresma e a Via Sacra da mesma forma que Nossa Senhora o fez! 
Meditando cada passo de Jesus com amor e compaixão!


Citações/Excertos do livro: Vida, Paixão e Glorificação do Cordeiro de Deus, Anna Catharina Emmerich

(Semana Santa/Espanha - Foto de @veracruzsev)