Igreja de São Nicolau (Igreja Matriz de Santa Maria da Feira)
(Foto de Cristina Lima)
Com inicio às nove e meia da manhã junto à Igreja Matriz de Santa Maria da Feira, esta iniciativa da Semana Santa de Santa Maria da Feira teve como objectivo dar a conhecer o património religioso da região aliado à caminhada, que hoje em dia tem uma grande adesão.
Assim, com um grupo de participantes elevado deu-se inicio à caminhada com a visita guiada à Igreja Matriz de Santa Maria da Feira.
Esta igreja, denominada Igreja de São Nicolau de Santa Maria da Feira é dedicada ao padroeiro da cidade, São Nicolau. Foi fundada no séc. XV pelos Cónegos Seculares de São João Baptista, conhecidos como Frades Lóios ou Frades Azuis. Para além da igreja fundaram o Convento dos Lóios. Em 1834, o convento foi entregue ao município aquando da extinção das Ordens Religiosas.
No interior da igreja é visível a arte maneirista e barroca.
Terminada a visita à Igreja Matriz seguimos em direcção à capela do Castelo de Santa Maria da Feira.
Trata-se de uma capela pequena, denominada Capela de Nossa Senhora da Encarnação, pois esta encontra-se no altar principal. Apesar de ser uma capela pequena, podem-se ver as esculturas de Santa Lúzia, São Roque e Nossa Senhora de Fátima.
Terminada a visita à Capela de Nossa Senhora da Encarnação dirigimo-nos à Capela de Nossa Senhora da Piedade, uma capela erguida no alto do monte, e que exige um certo esforço físico para chegar até ela a pé.
É uma igreja que se destaca pelo facto de ter um altar curioso. Trata-se de um altar dedicado a Nossa Senhora de Lourdes e tem uma pequena réplica da Gruta de Massabielle feita com o produto da região: cortiça.
Seguindo para a próxima capela, passamos para a Capela de Todos os Santos, que foi mandada erguer pela família Corte Real, família de grande influência na região, e que se encontra junto à casa onde morou um dos assassinos de Inês de Castro e onde nasceu o Marquês de Pombal.
Debaixo do calor e já com algum cansaço nos pés, seguimos para a Igreja da Misericórdia, que tal como a Capela de Todos os Santos, apenas tivemos oportunidade de ver o exterior.
Seguiu-se depois uma pequena pausa no percurso onde se pôde provar um dos doces tradicionais de Páscoa da região: regueifa doce, que ainda se encontrava morna e era bastante saborosa. Para acompanhar a regueifa havia, também, queijo e para beber vinho fino, sumo de laranja e água.
Cada participante fez a sua escolha.
Terminada a pausa, a Capela de Campos foi a paragem seguinte. Esta capela é, também uma capela pequena e que alberga uma Nossa Senhora de roca, pois trata-se de uma imagem de madeira, adornada com umas vestes compridas que escondem uma peça triangular que apenas tem cabeça e braços.
A caminhada terminou com a Capela de São Miguel, que também só foi possível ver o exterior.
De todas as capelas e igrejas percorridas no seu interior é de destacar o seu estilo arquitectónico maneirista e barroco, dada a época de construção das mesmas.
A actividade 'Correr as Capelinhas' foi uma iniciativa muito bem organizada e orientada, com um elevado interesse ao nível do conhecimento patrimonial de Santa Maria da Feira. É uma forma interessante de apelar ao Turismo Religioso e ao património religioso da cidade e também de o valorizar.
É uma experiência diferente e que vale a pena participar:)
(Igreja de Nossa Senhora da Piedade)
(Foto de Cristina Lima)
(Regueifa Doce)
(Foto de Joana Lima)
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