(Santuário de Nossa Senhora da Penha, Guimarães, Portugal - Foto de Joana Lima)
Usufruir do património natural e arquitectónico enquanto turista ou peregrino, não é apenas um momento de lazer e de aquisição de conhecimento mas, deve ser, também, um tempo de tomada de consciência, tanto de preservação do património como da natureza que o envolve.
Com o aumento do número de turistas por todo o país existe uma maior dificuldade em controlar ou diminuir a poluição, mas é possível alertar o turista para os cuidados a ter com o património e com o que o envolve durante as visitas. É necessário que essas regras de respeito pelo que os envolve façam parte do "jogo". Como por exemplo, quando um grupo de turistas, acompanhado por um guia, faz um piquenique, o guia deve certificar-se que nenhum lixo é deixado no local onde realizaram o piquenique.
Cuidar dos espaços visitados, é respeitar todas as pessoas que por ali passam.
A sustentabilidade passa, também, por manter a atractividade turística das regiões, não sendo apenas uma questão de "moda", para que gerando emprego aumentem os benefícios deste para as populações.
A fé exige de nós um cuidado especial para com a Criação, assim como, também, com os locais sagrados. Os santuários, que apesar de terem sido edificados pelo homem são a casa de Deus e é importante que quem os visita tenha um olhar cuidador, para além da oração e da contemplação.
Em Portugal, são vários os santuários rodeados por maravilhosos espaços verdes e a atenção para com estes deve ser garantida.
Santuários como o de Nossa Senhora da Peneda, em Arcos de Valdevez, o de Nossa Senhora do Sameiro, em Braga, o do Sagrado Coração de Jesus, em Viana do Castelo ou o Bom Jesus do Monte, em Braga, são alguns dos exemplos de santuários onde a natureza faz parte do conjunto arquitectónico.
Um exemplo único de Fé, Turismo e Sustentabilidade é o Ascensor do Santuário do Bom Jesus do Monte, em Braga: Sustentabilidade do passado, uma ideia de futuro...
(Ascensor do Santuário do Bom Jesus do Monte, Braga, Portugal - Foto de Cristina Lima)
Inaugurado a 25 de Março de 1882, este ascensor surgiu com o objectivo de facilitar a subida à Igreja do Bom Jesus, agora, Basílica do Bom Jesus.
Escolhendo, um sistema de contrapeso de água, o engenheiro Niklaus Riggenbach projectou este meio de transporte totalmente ecológico e que desafia a criatividade respeitando a natureza e o meio ambiente.
Este sistema funciona de forma simples e exemplar desde o dia em que foi inaugurado e oferece a quem visita o Bom Jesus uma experiência única.
(Minuto Verde - Video RTP)
Um património edificado e natural preservado é uma das maiores e mais belas riquezas que podemos deixar às gerações futuras.
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