(Venerável Fulton J. Sheen - Foto de Cristina Lima)
Alguns meses antes da sua morte, o Bispo Fulton J. Sheen, agora Venerável, deu uma entrevista para um canal de televisão, onde lhe fizeram a seguinte pergunta: "Bispo Sheen, inspira milhares de pessoas em todo o mundo. O que é que o inspirou a ser padre? Foi algum Papa?"
Ao que o Venerável Fulton J. Sheen respondeu que a sua inspiração não foi nenhum Papa, Cardeal ou outro Bispo, e nem um sacerdote ou uma freira. Foi uma menina chinesa de 11 anos de idade.
Contou então que, quando os comunistas se apoderaram da China, prenderam um sacerdote na sua própria reitoria, junto à Igreja. O sacerdote observou, assustado, da sua janela, os comunistas a invadirem a sua igreja e dirigiram-se para lá. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, agarraram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam as hóstias consagradas.
Eram tempos dificeis e de perseguição e, por isso, o sacerdote sabia quantas hóstias havia no sacrário: trinta e duas hóstias.
Quando os comunistas se retiraram, sem que estes se apercebessem, uma menina, que estava a rezar atrás da igreja, observava tudo o que lá dentro se estava a passar. À noite, a pequenina regressou e, escapando da guarda montada da reitoria, entrou na igreja. Ali, fez uma hora de oração, um acto de amor para reparar o acto de ódio. Depois de uma hora santa de oração e adoração do Santíssimo que estava espalhado pelo chão, a menina aproximou-se do altar, ajoelhou-se, inclinou-se para a frente e com a língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. Naquele tempo, os leigos não podia receber a Eucaristia com as mãos, mas todo o acto foi uma acção de humildade e reparação.
A menina regressou à igreja noite após noite, repetindo a acção reparadora, fazendo uma hora santa e recebendo Jesus Eucarístico que se encontrava espalhado no chão, com a língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente, fez um barulho, que chamou a atenção do guarda. Este correu atrás dela, golpeou-a até a matar com a parte posterior da arma.
Este acto de martírio heroico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava pela janela do seu quarto convertido em cela.
Quando o Venerável Fulton Sheen teve conhecimento desta história, foi inspirado de tal forma, que prometeu a Deus que faria uma hora santa de oração, diante de Jesus Sacramentado, todos os dias para o resto da sua vida. E assim cumpriu a sua promessa. Se aquela menina pôde dar testemunho, com a sua vida, da real Presença de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento, então, Fulton Sheen viu-se atraído a fazer o mesmo.
O seu único desejo, desde então, passou a ser atrair o mundo ao Coração ardente de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento. Amor que o Venerável Fulton J. Sheen transmitia, de forma muito intensa e clara, nos seus programas e nas suas homílias.
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