Igreja de Santo Ildefonso, Porto:)

(Foto de Joana Lima)

Edificada no séc. XVIII, entre 1730 e 1739, tem uma fachada adornada de azulejos. Azulejos esses onde se pode ver retratada a vida do santo que lhe dá o nome: Santo Ildefonso.

Do lado esquerdo de quem está virado de frente para a porta, a aparição de Nossa Senhora a Santo Ildefonso e do lado direito, Jesus e Verónica.

Os azulejos são obra de Jorge Colaço e datam de 1932.

O altar desta igreja do século XVIII é dedicado ao Santíssimo Sacramento.

Em 1853, aproveitando a queda de uma cruz de pedra sobre o telhado da igreja, por causa de uma tempestade, para além das obras necessárias, aumentaram os ornamentos. Colocando um grupo escultórico de seis figuras em alto-relevo.

As obras não se limitaram apenas ao indispensável, mas foram alargadas a outros locais da igreja, nomeadamente o Batistério.

No Batistério encontra-se uma pintura de S. João Baptista a baptizar Jesus, "Baptismo de Cristo", uma obra de 1792, realizada por Domingos Teixeira Barros. A Pia Baptismal data de 1854 e é obra de Emídio Carlos Amatucci.

O retábulo-mor data de 1745-1751 e foi projectado por Nicolau Nasoni, com a talha de Miguel Francisco da Silva e dourado por António José Correia.

Na igreja são visiveis, nos altares, as imagens de N. S. da Solenidade, N. S. Conceição, N. S. da Piedade e Sagrado Coração de Jesus.

Para além dos altares, o templo é adornado por belos vitrais que dão colorido à igreja quando o sol os atravessa.

A Igreja de Santo Ildefonso, na Batalha, no Porto, junto à rua 31 de Janeiro, é apenas mais um dos belos santuários existentes na cidade. E que para além de ser um local de oração e de adoração é também um local digno de visita. 

E como outros locais de destaque da cidade do Porto tem, também, a marca do arquitecto mais famoso da cidade: Nicolau Nasoni.

Este magnifico santuário espera a vossa visita!

(Foto de Joana Lima)

Preservar o património = Tarefa de todos:)

(Foto de www.visitporto.com)

Na segunda metade do séc. XVIII, a devoção do santo terço foi introduzida pelo padre Geraldo Pereira, que todos os dias se juntava com um grande número de fieis, junto a uma imagem de Virgem à qual chamavam Nossa Senhora do Terço.

Aos Domingos e Dias Santos, os devotos faziam uma procissão com cânticos e rezas até ao local onde rezavam o terço e iam fazendo um peditório com o objectivo de construir uma capela dedicada a Nossa Senhora do Terço.

Com o dinheiro recolhido e com a devida autorização, em 1754, o Padre Geraldo dá inicio à construção da capela, junto ao local onde rezavam todos os dias o terço.

Ajudou, também à construção da capela, a generosidade do cidadão portuense Manuel da Silva Galvão, que doou materiais de construção.

Porquê este pedaço de história do Porto e não outro?

Porque com fé e vontade, a população portuense ergueu uma capela, enquanto que hoje em dia alguns fieis reclamam de medidas tomadas pela igreja para manter o património.

Porque é que muita gente pensa que o dinheiro para manter os santuários cai do céu?

Ou então, que os fundos comunitários são mais do que suficientes?

A Igreja da Venerável Irmandade de Nossa Senhora do Terço e Caridade não foi a única igreja a ser erguida pela população.

Os santuários e igrejas são imóveis privados de serviço público, São frequentados por fieis todos os dias. Todos os dias os fieis desgastam um pouco os santuários que frequentam. 

Preservá-los deverá ser só tarefa da Igreja? Penso que não.

Ajudar a manter o património cristão edificado, também faz parte do "ser cristão", afinal, é património de todos e faz parte da identidade dos portugueses.

(Foto de www.visitporto.com)

Assunção da Virgem, Senhora da Saúde:)

(Foto de Susana Lima)

De grande destaque em Portugal, a devoção a Nossa Senhora da Saúde terá tido inicio no período da peste negra.

Existem pelo menos 24 santuários em Portugal dedicados a este título de Nossa Senhora.

É celebrada no dia 15 de Agosto, dia da Assunção da Virgem aos Céus.

Nos Carvalhos, Vila Nova de Gaia, Diocese do Porto, a Festa da Senhora da Saúde atrai, todos os anos, inúmeros peregrinos, que se deslocam à capela a pé.

Trata-se de uma capela pequena, com um altar branco e dourado e que nestes dias de festa se encontra adornado com belas flores.

Apesar da capela da Senhora da Saúde ser simples e pequena faz parte do património religioso do nosso país, e o grande número de peregrinos que acorrem a ela todos os anos faz com que esta seja de grande relevo religioso e turístico.

(Foto de Susana Lima)

Pequenas Delicias do Bom Jesus:)

(Foto de Joana Lima)

Situado em Braga, o Santuário do Bom Jesus do Monte é um dos mais belos santuários do mundo.

Obra do arquitecto Carlos Amarante é de estilo Barroco, Neo-Clássico e Rococó e ergue-se de forma majestosa no meio da natureza.

Com um Escadório que impõe respeito, podemos viver a Via Sacra, que tem início no fundo do Escadório com a Capela da Última Ceia e termina no altar da Basílica, onde se pode ver Cristo Crucificado. Junto ao Templo, encontra-se, também, a Capela da Ressurreição.

Ao longo do Escadório sente-se a frescura da água em cada uma das fontes, cada canto é recheado de simbologia. São de destaque as Fontes dos Cinco Sentidos e as Fontes das Três Virtudes: Fé, Esperança e Caridade.

Todo o escadório é decorado com grandes estátuas, todas elas com significado.

Para além da Basílica e do Escadório, este Sacro-Monte possui outras atracções. 

A gruta, o coreto, um lago com barcos, são algumas das ofertas deste espaço que proporcionam momentos de lazer.

Os Hotéis do Bom Jesus permitem um retiro e a Colunata de Eventos é ideal para casamentos.

Pode ver-se Braga por um canudo ou andar num Ascensor movido a contrapeso de água, datado de 1882.

Para as refeições existe um restaurante e agora uma iguaria recuperada: as Forminhas do Bom Jesus. 

"[...] eu a scismar e a compôr em verso e a prosa as minhas saudades; elle [Jacinto Navarro de Andrade] a comer uns bolos, chamados forminhas, que se fabricam em Braga [...] também eu hoje me deleito a comer os bolos"

In Bom Jesus do Monte, Camilo Castelo Branco, pag. 36

As Forminhas são pequenas delícias que combinam na perfeição com o maravilhoso Santuário do Bom Jesus.

Apenas me entristece, o facto de ver que os visitantes nem sempre se apercebem da sua existência.

É certo que a recuperação do Bom Jesus é um trabalho intenso e não têm mãos a medir. 

E, por vezes, coisas simples passam despercebidas, mas seria interessante a criação de uma pequena roulotte semelhante às utilizadas para a bolacha americana e waffles, com o design dos sacos das Forminhas, a vender unicamente estes doces típicos. 

E porque não, anexar às embalagens um papel com um pequeno excerto da sua história?

E porque não, em vez de uma roulotte, duas roulottes? Uma para ficar no Bom Jesus e outra para passear pelo país.

Vender Forminhas do Bom Jesus no aeroporto, Estação de S. Bento, ou mesmo em locais de destaque da cidade de Braga. Uma forma de conquistar os turistas pelo estômago.

Este Santuário único tem uma oferta diversificada e apela a todos os sentidos.

Visitar Braga inclui obrigatoriamente conhecer o ex-librís da cidade: o Santuário do Bom Jesus do Monte.

Boas Férias!

(Foto de Susana Lima)

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