(Foto de www.visitporto.com)
Na segunda metade do séc. XVIII, a devoção do santo terço foi introduzida pelo padre Geraldo Pereira, que todos os dias se juntava com um grande número de fieis, junto a uma imagem de Virgem à qual chamavam Nossa Senhora do Terço.
Aos Domingos e Dias Santos, os devotos faziam uma procissão com cânticos e rezas até ao local onde rezavam o terço e iam fazendo um peditório com o objectivo de construir uma capela dedicada a Nossa Senhora do Terço.
Com o dinheiro recolhido e com a devida autorização, em 1754, o Padre Geraldo dá inicio à construção da capela, junto ao local onde rezavam todos os dias o terço.
Ajudou, também à construção da capela, a generosidade do cidadão portuense Manuel da Silva Galvão, que doou materiais de construção.
Porquê este pedaço de história do Porto e não outro?
Porque com fé e vontade, a população portuense ergueu uma capela, enquanto que hoje em dia alguns fieis reclamam de medidas tomadas pela igreja para manter o património.
Porque é que muita gente pensa que o dinheiro para manter os santuários cai do céu?
Ou então, que os fundos comunitários são mais do que suficientes?
A Igreja da Venerável Irmandade de Nossa Senhora do Terço e Caridade não foi a única igreja a ser erguida pela população.
Os santuários e igrejas são imóveis privados de serviço público, São frequentados por fieis todos os dias. Todos os dias os fieis desgastam um pouco os santuários que frequentam.
Preservá-los deverá ser só tarefa da Igreja? Penso que não.
Ajudar a manter o património cristão edificado, também faz parte do "ser cristão", afinal, é património de todos e faz parte da identidade dos portugueses.
(Foto de www.visitporto.com)
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