quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Em honra de São Sebastião:)

(Foto de Joana Lima)

Data de 1505, esta devoção a São Sebastião, que surgiu num momento de aflição, em que um surto de peste dizimou uma parte da população de Santa Maria da Feira.
Nessa altura, o castelo de Santa Maria da Feira, tinha a rainha Santa Isabel como donatária, que aos poucos converteu as festas do Espírito Santo, que se celebravam nesta data, em festas em honra de São Sebastião.
Festas estas, que tal como se fazia, já na festa do Espírito Santo, em que se realizava a oferta da fogaça, um pão doce, aos mais pobres.
Em honra de São Sebastião fazia-se uma procissão com três jovens, cada uma levando à cabeça uma fogaça. A procissão tinha inicio no castelo e terminava na Igreja Matriz, onde as fogaças eram benzidas, cortadas e distribuídas pela população.
Apartir de 1758, para além das três jovens juntaram mais duas: uma que levava uma miniatura do castelo da Feira decorado com bandeiras, também à cabeça e outra jovem que levava um tabuleiro com cinco velas.
Com a implantação da republica, para além da procissão religiosa juntou-se o cortejo cívico, realizado antes da Missa Solene, que actualmente sai dos Paços do Concelho e vai até à Igreja Matriz. Este leva, por vezes, cerca de cem meninas de vestido branco e de cinto colorido, que levam à cabeça o tradicional doce.
As fogaceiras, como são chamadas, continuam a tradição, apesar de agora, as fogaças serem oferecidas a entidades religiosas, militares ou administrativas do concelho.
Este símbolo de Santa Maria da Feira, a fogaça, é vendida todo ano, mas mantém a sua forma tradicional; a forma das torres do castelo da Feira.

Em honra de São Sebastião...a tradição continua...
 no dia 20 de Janeiro:) 

(Foto Joana Lima)

(Foto de Joana Lima)

(Foto de Joana Lima)

   

domingo, 15 de janeiro de 2017

Senhor da Pedra, Miramar, Portugal:)

(Foto de Cristina Lima)

Mandada construir na praia, junto ao mar, pelo abade de Gulpilhares José Barbosa Pereira rondava o ano de 1750, com o que obteve em esmolas, a Capela do Senhor da Pedra é uma obra barroca com apenas um altar, que ostenta, Cristo crucificado. 
Talvez, por saber, que naquele local existiam actos pagãos e de feitiçaria, o padre de Gulpilhares tomou iniciativa de o tornar um local santo.
Mas, várias lendas acompanham este santuário cristão, como é o caso da 'marca' da pata do cavalo 'Desejado', que pertencera a D. Sebastião, que numa manhã de nevoeiro, cavalgou, segundo a lenda, naquele local, ficando a pata do cavalo marcada na rocha. 
Também, há quem conte serem as patas do boi bento, o boi que aquecia o menino Jesus na em Belém. Para além destas lendas, existe uma outra...
Sobre como surgiu este local de culto, e conta que terá sido um sobrevivente de um naufrágio, que no momento de desespero, gritou por auxilio a Nosso Senhor, sendo, após prometer construir uma capela no local onde ficasse a salvo, empurrado para cima do rochedo miraculosamente.
São e salvo, ajoelhou-se em cima do rochedo e agradeceu: "Obrigado, Meu Deus! Sobre estes rochedos cumprirei a minha promessa!"
Quem conta um conto, acrescenta um ponto e esta bela capela, apesar de pequena, tem muita coisa para contar. É local de peregrinação e de tradição.

E espera pela vossa visita:)

(Foto de Cristina Lima)


(Foto de Cristina Lima)

(Foto de Cristina Lima)

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Convento Corpus Christi em Gaia, Portugal :)

(Foto Joana Lima)

Bem de frente para o rio Douro, no Cais de Gaia encontra-se, um pouco escondido, o Convento Corpus Christi.
Dedicado ao Santíssimo Sacramento da Eucaristia, foi fundado em 1345, por um elemento da mesma família que fundou o Mosteiro de Grijó, D. Maria Mendes Petite.
Entregue à Ordem de S. Domingos, foi construído junto ao rio no séc. XIV, mas devido às cheias do rio, foi construído no séc. XVII, a igreja que hoje se conhece. Ao longo do tempo, as alterações que sofreu foram várias até ser extinto em 1834.
Na visita ao Convento pode ver-se a capela, o coro alto, cujo tecto está decorado com 19 caixotões de madeira pintada, onde são retratadas cenas da vida de Cristo e de diversos santos.
O cadeiral tem dois andares e pode ver-se em cada um dos assentos figuras de animais, pessoas e vegetais.
O túmulo do alferes da bandeira da Ala da Namorados na Batalha de Aljubarrota, Àlvaro de Cernache, encontra-se neste convento.
A visita é gratuita e sujeita a marcação com horário das 10h às 18h de Terça a Domingo.

Vale a pena visitar!

(Foto de Joana Lima)

(Foto de Joana Lima)

(Foto de Joana Lima)

(Foto de Joana Lima)

(Foto de Joana Lima)

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Igreja de Santa Maria Maior de Chaves:)

(Foto de Joana Lima)

A Igreja de Santa Maria Maior em Chaves surge referida nas inquirições Afonsinas de 1259 e terá sido mandada erguer pelo único bispo de Chaves, Idácio de Limia. 
D. Afonso III e D. Beatriz casaram-se nesta igreja.
Ao longo do tempo, foram várias as intervenções que sofreu esta igreja, tendo assim estilos arquitectónicos diversos e que vão desde o Românico ao Renascentista.
Apartir do séc. XVI, no reinado de D. João III, foram alterados, os pórticos da igreja passaram a ser do estilo neo-clássico e foram, também, construídos altares nas paredes laterais, assim como abertas janelas. A capela-mor também sofreu alterações.
São também, visíveis, no interior da igreja, vitrais, que dão colorido ao estilo medieval que a igreja mantém. 
Esta igreja, tem três naves assentes em pilares e com balautrada de madeira pintada e marmoreados fingidos. Também, se pode ver um órgão de talha verde, vermelha e dourada. 
A Igreja de Santa Maria Maior pertence à Diocese de Vila Real.

(Foto de Joana Lima)