domingo, 27 de junho de 2021

A linda oração que J.R.R. Tolkien escreveu para a Nossa Senhora


Fica aqui a linda oração escrita por J.R.R. Tolkien, autor do Senhor dos Anéis, dedicado a Maria, Mãe de Jesus. Em primeiro exponho aqui a versão original, em inglês e depois a tradução.

Versão Original em inglês

Grim was the world and grey last night:
The moon and stars were fled,
The hall was dark without song or light,
The flies were fallen dead.

The wind in the trees was like to the sea,
And over the mountains' teeth
It whistled bitter-cold and free,
As a sword leapt from its sheath.

The lord of snows upreared His head;
His mantle long and pale
Upon the bitter blast was spread
And hung o'er hill and dale.

The world was blind, the boughs were bent,
All ways and paths were wild:
Then the veil of cloud apart was rent,
And here was born a Child.

The ancient dome of heaven sheer
Was pricked with distant light; 
A star come shining white and clear
Alone above the night.

In the dale of dark in that hour of birth
One voice on the sudden sang:
Then all the bells in Heaven and Earth
Together at midnight rang.

Mary sang in the world below: 
They heard her song arise
O'er mist and over mountain snow
To the walls of Paradise,
And the tongue of many bells was stirred
in Heaven's tower to ring
When the voice of mortal maid was heard,
That was mother of Heaven's King.

Glad is the world and fair this night
With stars about its head,
And the hall is filled with laughter and light,
And fires are burning red.

The bells of Paradise now ring
With bells of Christendom,
And Gloria, Gloria we will sing
That God on earth is come.

Versão em Português

Sombrio era o mundo e cinza na noite passada:
A lua e as estrelas fugiram,
O corredor estava escuro, sem música ou luz,
Os pirilampos morreram.

O vento nas árvores era como o mar,
E sobre os dentes das montanhas
Assobiava muito frio e livre,
Como uma espada saltou de sua bainha.

O senhor das neves ergueu a cabeça;
Seu manto longo e pálido
Após a explosão amarga se espalhou
E pendurado em colina e vale.

O mundo estava cego, os galhos estavam tortos,
Todos os caminhos e caminhos eram selvagens:
Então o véu de nuvem se rasgou,
E aqui nasceu uma Criança.

A antiga cúpula do céu puro
Foi picado com luz distante;
Uma estrela veio brilhando branca e clara
Sozinho acima da noite.

No vale da escuridão naquela hora do nascimento
Uma voz de repente cantou:
Então todos os sinos do céu e da terra
Juntos à meia-noite tocou.

Maria cantou neste mundo abaixo:
Eles ouviram a música dela surgir
Nossa névoa e sobre a neve da montanha
Para as paredes do Paraíso,
E a língua de muitos sinos foi agitada
nas torres do céu para tocar
Quando a voz da empregada mortal foi ouvida,
Aquela era a mãe do Rei do Céu.

Feliz é o mundo e justo esta noite
Com estrelas na cabeça,
E o salão está cheio de risos e luz,
E o fogo está a arder vermelho.

Os sinos do paraíso agora tocam
Com sinos da cristandade,
E Gloria, Gloria vamos cantar
Que Deus veio na terra.

 

sexta-feira, 11 de junho de 2021

A inspiração do Venerável Fulton J. Sheen

(Venerável Fulton J. Sheen - Foto de Cristina Lima)

Alguns meses antes da sua morte, o Bispo Fulton J. Sheen, agora Venerável, deu uma entrevista para um canal de televisão, onde lhe fizeram a seguinte pergunta: "Bispo Sheen, inspira milhares de pessoas em todo o mundo. O que é que o inspirou a ser padre? Foi algum Papa?"

Ao que o Venerável Fulton J. Sheen respondeu que a sua inspiração não foi nenhum Papa, Cardeal ou outro Bispo, e nem um sacerdote ou uma freira. Foi uma menina chinesa de 11 anos de idade.

Contou então que, quando os comunistas se apoderaram da China, prenderam um sacerdote na sua própria reitoria, junto à Igreja. O sacerdote observou, assustado, da sua janela, os comunistas a invadirem a sua igreja e dirigiram-se para lá. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, agarraram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam as hóstias consagradas.

Eram tempos dificeis e de perseguição e, por isso, o sacerdote sabia quantas hóstias havia no sacrário: trinta e duas hóstias.

Quando os comunistas se retiraram, sem que estes se apercebessem, uma menina, que estava a rezar atrás da igreja, observava tudo o que lá dentro se estava a passar. À noite, a pequenina regressou e, escapando da guarda montada da reitoria, entrou na igreja. Ali, fez uma hora de oração, um acto de amor para reparar o acto de ódio. Depois de uma hora santa de oração e adoração do Santíssimo que estava espalhado pelo chão, a menina aproximou-se do altar, ajoelhou-se, inclinou-se para a frente e com a língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. Naquele tempo, os leigos não podia receber a Eucaristia com as mãos, mas todo o acto foi uma acção de humildade e reparação.

A menina regressou à igreja noite após noite, repetindo a acção reparadora, fazendo uma hora santa e recebendo Jesus Eucarístico que se encontrava espalhado no chão, com a língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente, fez um barulho, que chamou a atenção do guarda. Este correu atrás dela, golpeou-a até a matar com a parte posterior da arma.

Este acto de martírio heroico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava pela janela do seu quarto convertido em cela.

Quando o Venerável Fulton Sheen teve conhecimento desta história, foi inspirado de tal forma, que prometeu a Deus que faria uma hora santa de oração, diante de Jesus Sacramentado, todos os dias para o resto da sua vida. E assim cumpriu a sua promessa. Se aquela menina pôde dar testemunho, com a sua vida, da real Presença de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento, então, Fulton Sheen viu-se atraído a fazer o mesmo.

O seu único desejo, desde então, passou a ser atrair o mundo ao Coração ardente de Nosso Senhor Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento. Amor que o Venerável Fulton J. Sheen transmitia, de forma muito intensa e clara, nos seus programas e nas suas homílias.